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Bebê com microcefalia recebe atendimento no Projeto de Estimulação Precoce da APAE de Ijuí

O bebê, que nasceu em julho de 2016, estava sendo acompanhado desde a gestação pelo Programa Apaeano de Prevenção às Deficiências da APAE de Ijuí em conjunto com a rede de atenção básica do município, quando a mãe apresentou quadro de dengue.

Matéria Publicada em: 23/06/2017
Caso confirma a importância de uma instituição como a APAE. Imagem / Arte Ijuí News

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou no dia 20 de junho de 2017 o primeiro caso de microcefalia associada à Zika Vírus contraído no Rio Grande do Sul.

O bebê, que nasceu em 06 de julho de 2016, estava sendo acompanhado desde a gestação pelo PAP – Programa Apaeano de Prevenção às Deficiências da APAE de Ijuí em conjunto com a rede de atenção básica do município, quando a mãe, moradora do Bairro Lambari, apresentou um quadro de dengue.

Exames clínicos e radiológicos realizados pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) mostraram que as alterações do bebê eram compatíveis com a síndrome congênita associada ao zika vírus. O Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmou que o vírus foi contraído durante a gestação.

A criança está recebendo atendimento desde os 55 dias de vida, no Projeto de Estimulação Precoce da APAE de Ijuí, desde 15/08/2016.

Foi encaminhada pela neuropediatra Helga Porsch com diagnostico de microcefalia associada a outras dismorfias.

Alertamos que a Microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio menor do que o normal (perímetro da cabeça é igual ou menor de que 32 cm); pode ser causada por infecções adquiridas pela gestante, especialmente nos três primeiros meses, as principais causas são: toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus; uso abusivo de álcool e outras drogas; infecção por Zika Vírus.

Em 90% dos casos de bebês com microcefalia podemos encontrar as seguintes consequências: atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor; déficit cognitivo, visual, auditivo; e epilepsia.

A APAE de Ijuí é a referência municipal em Estimulação Precoce. Essa modalidade de trabalho clínico configura-se como atendimento especializado direcionado a bebês e crianças de 0 a 4 anos com risco ou atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (prematuros de risco, síndromes genéticas, deficiências, paralisia cerebral, entre outras) e a suas famílias no exercício de suas funções parentais, de fortalecimento de vínculos, bem como orientações necessárias nos cuidados diários dessas crianças.

A paciente está em acompanhamento na APAE nas áreas de Fisioterapia, Psicologia e Terapia Ocupacional, e recebendo o suporte do médico neurologista e Serviço Social.

Nesse sentido, cada vez mais o papel desta instituição com 46 anos de existência demostra o seu valor, sendo protagonista na vida de crianças, jovens e adultos com deficiência mental ou múltipla e oferecendo apoio qualificado nas áreas da saúde, assistência social e educação.

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