O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) suspendeu o funcionamento de parte dos três mil radares de fiscalização instalados em rodovias federais.
A decisão foi tomada após questionamentos feitos à Justiça por empresas que perderam a licitação, realizada em 2016, para a contratação do serviço.
O Dnit diz que a maior parte dos equipamentos continua em funcionamento, principalmente os chamados redutores, as lombadas eletrônicas que mostram a velocidade do veículo.
A medida afeta mais de 100 radares nas estradas federais do Rio Grande do Sul, em estradas como a BR 101, a BR 290 e a BR 386.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), já estava prevista uma intensificação na fiscalização dos radares fotográficos e portáteis devido ao começo da Operação Verão e do aumento no tráfego com as festas de fim de ano.
Em diversas rodovias de diferentes regiões, motoristas têm notado equipamentos cobertos por sacos plásticos para indicar a suspensão do funcionamento.
O departamento informou que a cobertura com material plástico "não está prevista em contrato". Ainda segundo o órgão, já foi instaurado processo de responsabilização em relação às empresas".
O Dnit, no entanto, não informou quantos dos três mil radares estão sem funcionamento nem em quais rodovias a fiscalização está mais prejudicada.
Uma das empresas que acionaram a Justiça foi a Fotosensores Tecnologia Eletrônico Ltda. Por meio de mandado de segurança, a empresa pleiteou a anulação da disputa, alegando que não haveria estudo técnico indicando os locais onde os radares deveriam ser instalados, entre outros questionamentos.