Quando recebemos crianças transformadas em adultas percebemos imediatamente as influências negativas que estas vêm recebendo através de todos os meios pelos quais precocemente recebem as referências.
O batom aplicado aberrantemente nos lábios, as unhas pintadas, a roupa da moda e os calçados com salto, que as impedem de movimentar-se naturalmente, são marcas de novos tempos no mundo infantil.
Fica evidente que existe um interesse econômico por trás disso tudo. A intenção é educar crianças para serem consumidoras em potencial e para a submissão de ideias.
Apressar nos pequenos o deslumbre em relação à moda, trejeitos e atitudes da vida adulta vai de encontro aos desejos desse sistema que insiste em atrelar o verdadeiro sentido da infância ao mercado de consumo.
O processo de desenvolvimento das crianças não está sendo respeitado e a pressão para apressar este processo pode gerar seres com dificuldades em adaptar-se à rotina da escola, inseguros, frustrados e temerosos quanto ao futuro.
É importante deixar nossas crianças serem crianças, para com suas brincadeiras livres e descontraídas deliciarem-se no seu mundo de fantasias e imaginação.
Que possam desfrutar, com a ingenuidade própria da infância, de cada fase de seu desenvolvimento com a espontaneidade e a alegria pertinente a sua maturação. Respeitar o ritmo e a evolução de cada uma, deixando-as saborear, sem atropelos, a doçura de novas descobertas, por elas mesmas, sem modelos estereotipados dos adultos.
A influência mais marcante e gratificante da família e dos educadores pode ser em estimular quanto a importância da leitura e do conhecimento, que são os melhores e os verdadeiros valores que devem se transmitidos.
Liane Comerlato
Neuropsicopedagoga | (55) 9.9149-7180
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