O empresário Paulo Luiz Alves Magnus, dono da empresa MV Sistemas, foi preso temporariamente (5 dias) na Operação “Desumano” da Polícia Federal (PF), desencadeada nessa quarta-feira (16), em Pernambuco. A prisão foi autorizada pelo juiz federal César Arthur Cavalcanti de Carvalho, da 13ª Vara Federal de Pernambuco.
Na operação, a PF apreendeu três carros de luxo na residência do empresário, além fazer buscas nas secretarias de Saúde do Recife e de Jaboatão dos Guarulhos, na região metropolitana.
A PF investiga supostas irregularidades em contratos relacionados ao combate à Covid-19, que somam R$ 57 milhões. Esses contratos, segundo a PF, foram feitos pelas prefeituras com a empresa de Paulo Magnus (Organização Social de Saúde - OSS) para gerenciar os hospitais de campanha de Imbiribeira, na zona Sul do Recife, e de Jaboatão dos Guararapes. Os contratos foram firmados com dispensa de licitação, chamando a atenção da Procuradoria Geral da União pelos valores e condições de empresas terceirizadas da OSS.
Na investigação, a PF concluiu que a empresa de Paulo Magnus (OSS), não teria estrutura operacional e financeira para fazer os serviços terceirizados, que foram contratados por meio de recursos enviados aos municípios pelo Ministério da Saúde.
Serviços de informática da MV Sistemas ao HCI
O empresário Paulo Luiz Alves Magnus é dono da empresa MV Sistemas de Informática, que procedeu à troca e presta serviço de manutenção de todo o sistema operacional de Informática do Hospital Caridade de Ijuí (HCI).
A empresa MV Sistemas foi contratada pelo então presidente do hospital, Cláudio Matte Martins, por cerca de R$ 1 milhão. O presidente Cláudio está afastado do cargo por determinação judicial, em medida cautelar diversa da prisão deferida no processo de receptação de remédios apreendidos no HCI.
A contratação da empresa MV Sistemas pelo HCI chegou ao conhecimento do Ministério Público Federal (MPF) de Santo Ângelo por Notícia de Fato (NF) encaminhada junto a outras supostas irregularidades na administração do hospital de Ijuí (certidão foto principal). O caso é apurado pelo MPF, que também requereu investigação da PF.
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