Em abril, a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) realiza a campanha “Viva Aapecan – portas abertas para acolher”. O objetivo está em atrair olhares ao trabalho da organização, que se mantém aberta por ser um serviço essencial.
Para seguir o compromisso serão realizadas ações virtuais em regiões de abrangência da Unidade de Ijuí. A Associação oferece gratuitamente o acompanhamento com assistente social e psicóloga, e casa de apoio.
De modo que esse trabalho continue, a instituição depende do apoio e solidariedade de pessoas que abraçam a causa: “os atendimentos aos usuários são fundamentais e ressaltamos que eles continuam tendo as mesmas necessidades”, salienta o coordenador da Unidade, Leandro Campos.
"Não é momento de abraçar, mas nunca foi tão necessário acolher”
Desde o início do isolamento social, em março de 2020, a Unidade de Ijuí realizou 427 novos cadastros de pessoas diagnosticadas com Câncer em situação de vulnerabilidade social. Ao todo, só nesse período, foram 2.645 atendimentos de usuários, já cadastrados, e acompanhantes.
O protocolo das novas medidas restritivas alterou o trabalho da instituição, que realizou adaptações como a diminuição da capacidade do serviço de hospedagem, a obrigatoriedade do uso de máscara nas áreas de convivência e a suspenção das atividades em grupo. Apesar das mudanças, as demandas sociais e psicológicas continuaram, pois a doença não parou.
Um dos usuários da Unidade é o seu José Anestor Meneguzzi, de 70 anos, de Camboriú, Santa Catarina. Depois de observar uma pinta que apareceu na pele, a ida ao médico foi inevitável. Na biópsia, descobriu, a pinta indicava ser um Câncer. “A médica que me atendeu nos orientou a procurar um tratamento através da pesquisa, optamos por Ijuí, por ser mais perto. Chegando aqui não tínhamos onde ficar, as despesas de hotel seriam muito altas e não teríamos condições de pagar durante todo o tratamento. A Aapecan fez toda a diferença, foi a melhor coisa que aconteceu, pois tivemos um acolhimento muito bom”.
Acolhimento durante a pandemia
Tainara Mello, psicóloga da Unidade de Ijuí, trabalha com o acolhimento dos usuários e suas fragilidades que surgem das incertezas após o diagnóstico de Câncer. O acolhido, hoje, com a pandemia, também lida com o distanciamento social, a limitação e dificuldades de alguns procedimentos hospitalares que a pandemia impôs.
“Hoje já se pensa até mesmo na disponibilidade do serviço que acaba potencializando essa vulnerabilidade. O suporte psicológico é ainda mais importante”, relata, Tainara, que disponibilizou o serviço via telefone. A necessidade de alguns usuários em ter acesso ao serviço de maneira contínua, está agravado, na avaliação da profissional, por conta do distanciamento social: “durante essas ligações eles sempre relatam o impacto que isso têm causado, de se sentirem distante das pessoas e da própria possibilidade de tratamento”.
Como ajudar a Aapecan?
Toda a manutenção do trabalho da instituição recebe apoio de contribuintes, que realizam doações mensais ou esporádicas, por meio do contato realizado pelo setor de operadores de telemarketing.
Interessados podem entrar em contato pelo telefone (55) 3025-9400 e realizar cadastro optando pelo modo de contribuição: mensageiro, transferência bancária, PIX ou boleto bancário.
Sobre a Aapecan
Há 16 anos atuando na prestação de serviço de acolhimento provisório institucional, assessoramento, e defesa e garantia de direitos, a instituição já atendeu mais de 20 mil usuários em suas 14 unidades no Rio Grande do Sul. A Organização da Sociedade Civil (OSC) oferece de forma gratuita apoio e orientação de acesso às políticas sociais para pessoas com diagnóstico de câncer em situação vulnerabilidade social.
Só em Ijuí já foram 2.850 cadastros, sendo que, existem 448 usuários ativos mensalmente e que utilizam dos serviços. A Unidade está localizada na Travessa Alvarenga Peixoto, nº 47, no bairro São Paulo.
Para mais informações, contate: (55) 3333-0289, ou pelo e-mail comunicacaoijui@aapecan.org. Facebook e Instagram: @aapecanijui.
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