Definição de TEA
O Transtorno do Espectro Autista - TEA - é considerado um transtorno de neurodesenvolvimento. Nele, a criança tem dificuldade na comunicação social (com fala repetitiva, por exemplo) e mantém um interesse restrito e estereotipado por objetos e fenômenos. Há também a ocorrência de comportamentos repetitivos e estereotipados, como, por exemplo, balançar o corpo para frente e para trás, girar objetos, e o “flapping” (nome dado ao ato de balançar repetidamente as mãos).
Como diz a sigla, hoje não se fala mais num só autismo, mas sim num espectro. Por isso, o autismo pode ter vários níveis, englobando vários quadros diferentes. É importante saber diferenciá-los para que se possa aplicar a melhor terapia para cada caso específico!
Principais características do TEA
Cabe ressaltar que as características do TEA não são iguais para todos. Porém, as mais comuns são:
– Dificuldade em manter contato visual;
– Pouco interesse por coisas que outras crianças/pessoas propõem: no geral, a criança autista só se atenta a algo de seu próprio interesse;
– Sensibilidade a barulhos (principalmente os mais altos) e texturas diferentes;
– Dificuldade em manter interações sociais: a criança possui muita dificuldade em fazer trocas durante brincadeira;
– Dificuldade em compreender expressões faciais: tristeza, felicidade, raiva, braveza;
– Comportamentos estereotipados: podem se fixar objetos específicos, desenvolver comportamentos repetitivos ou até mesmo a fala repetitiva, sendo que estas atitudes estereotipadas ocorrem sem um objetivo ou finalidade;
– Repertório restrito por brincadeiras, brinquedos e objetos: os que não sejam do seu interesse não prendem a sua atenção. Por exemplo, se a criança gosta de carrinho, apenas brinquedos com essa características irão cativá-la, e ela brincará apenas com eles.
Por conta destes sinais, os indivíduos com TEA têm muita dificuldade na interação com outras pessoas. Isso pode causar muito sofrimento para eles. Assim, é fundamental que saibamos como lidar com essas suas características atípicas, para que eles possam se desenvolver de forma plena, com saúde e realização pessoal!
Existe cura para o TEA?
Não! Mas existem terapias adequadas para que, desta forma, o indivíduo possa ter um desenvolvimento saudável e minimizar os traços ao longo do seu desenvolvimento. Como na maioria das condições especiais de saúde, o tratamento precoce é sempre a alternativa mais desejada. Quanto mais cedo a regulação dos sintomas e a estimulação de aprendizados se inicia, mais conquistas são possíveis a curto, médio e longo praz.
Luana Bueno dos Santos | Psicóloga - CRP: 07/34892
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Especialista em Terapia cognitiva comportamental e ABA ( Análise do comportamento Aplicada).