Dialogar é estabelecer uma relação de fala e escuta sem demonstrar sentimentos de superioridade, intolerância ou de pré-julgamento.
Conquistar a confiança e a sinceridade na relação entre pais e filhos requer uma caminhada de atenção diária, de acompanhamento minucioso em cada momento de seu desenvolvimento, do nascimento a cada estágio de seu crescimento.
Os compromissos diários, as agendas repletas, o uso exagerado da tecnologia por todos os membros da família, muitas vezes, faz com que estes não se enxerguem dentro do mesmo espaço.
Acaba acontecendo dos pais não perceberem o tipo de atividades que seus filhos estão realizando ou com as quais estão se envolvendo, citando como exemplo os jogos, como este do momento, convidativamente perigosos, que culmina como última tarefa, o suicídio.
Parar, diminuir o ritmo frenético, sentar, olhar nos olhos de seus filhos, procurar saber de seus interesses, de suas relações de amizades, reais ou virtuais, perceber suas angústias e ansiedades, falar sobre elas, elogiar os acertos, ser tolerante com as falhas, de ambos os lados, fará com que os laços se aprofundem e marquem atitudes que poderão preservar a sua integridade.
Quando os pais demonstram sensibilidade e disponibilidade para dividir ideias, opiniões, debater assuntos de variados temas e juntos refletir sobre os valores essenciais que a família considera como base para a educação que deseja promover.
Esta conversa sincera com exemplo concreto, demonstrado na autenticidade da fala, na relação coerente do ato e da palavra, firmarão os laços de confiança e admiração.
Respeitar os espaços para que a crianças e os adolescentes tenham autonomia ou privacidade não quer dizer perder de vista o que está acontecendo com eles.
Estamos vivendo num contexto de muitos estímulos perigosos e não podemos permitir que ingenuamente, inspirados em exemplos e incentivos de má fé, que se insinuam nos diversos meios, sejam desviadas as virtudes, que deveriam permanecer preservadas.
O diálogo precoce e contínuo entre pais e filhos é uma necessidade que tem como finalidade manter a integridade física e mental destes, portanto não é uma invasão de privacidade ou um ato autoritário, mas uma questão de segurança.
Os limites devem ser estabelecidos, quando necessário, até mesmo impostos, porque é obrigação da família preservar as suas crianças e fornecer condições para que cresçam capazes e de criar a própria autonomia, livres para tomar as decisões pessoais, e direcionar de forma segura as suas vidas.
Liane Maria Fiorim Comerlato
Professora com formação em Letras/ Especialista em Gestão Escolar e Psicopedagogia.
Psicopedagoga/Docente especialista - Psicoclínica
F: (55) 3332-7826 (55) 98452-6624
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