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Um Lamento de Amor e Saudade

Por, Tamires Boff | Professora e escritora

Matéria Publicada em: 01/11/2024
Tamires Boff   |   Professora e escritora

No silente compasso do tempo, em que as horas parecem se esvair como grãos de areia entre os dedos, chega o dia de finados, momento de celebrar as almas queridas, que embora ausentes do mundo físico, se fazem presentes em nossos corações. Neste ensejo, ressoa a melodia da saudade, onde as lembranças dançam na brisa suave que acaricia nosso rosto. A cada vela acesa, cada flor deposta sobre o túmulo, renova-se a esperança de que o amor nunca sucumbe à morte.

A dor da perda é uma sombra que, por vezes, se torna opressora. A partida de um ente amado não é apenas uma ausência; é uma ferida aberta que nos ensina sobre a fragilidade da vida e a profundidade dos laços que estreitam os corações. Ao perder quem amamos, um pedaço de nossa essência se vai junto com ele. A tristeza toma conta de nossa casa, como um manto pesado que nos envolve em um lamento profundo e fazendo-nos carregar o peso inexorável da saudade.

Neste dia solene, recordamos aqueles que antes iluminavam nossos dias e agora tornaram-se uma constelação distante no céu de nossa memória.

Mergulhar nas lembranças é um exercício doloroso, e ao mesmo tempo reconfortante. Cada recordação traz à tona a essência do ser amado, e  em cada canto de nossa existência ecoa sua presença; em cada risada compartilhada entre nós, há um fragmento dele que persiste. O vazio deixado por sua partida é profundo e imenso como o oceano; no entanto, em cada onda que se quebra na areia, sentimos  como se ele estivesse ali, dizendo-nos para seguir em frente.

O Dia de Finados é a oportunidade de relembrar não apenas a dor da ausência, mas também a beleza dos momentos vividos juntos. É uma chance de reafirmar que aqueles que partiram continuam vivos em nossas histórias.

Que possamos sempre lembrar com ternura e gratidão aqueles que amamos e perdemos. Que a saudade não seja apenas dor, mas também um testemunho do profundo vínculo que nos une. Afinal, enquanto houver amor em nossos corações e memórias vivas em nossas almas, eles jamais estarão verdadeiramente ausentes.

Neste dia sagrado de reflexão e homenagem às almas queridas que partiram antes de nós, permitamo-nos sentir toda a intensidade da saudade; pois na dor reside a prova do amor — um amor tão forte e sublime que transcende até mesmo as barreiras da vida e da morte.

Tamires Boff   |   Professora e escritora

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